7. EDUCAÇÃO POPULAR E OS MOVIMENTOS SOCIAIS

Em um momento histórico e político no qual a incerteza do futuro nos assombra e a crise de representatividade política se desdobra numa crise mais ampla do próprio sistema democrático, não podemos perder a esperança para seguirmos lutando por uma sociedade mais justa e inclusiva. A educação popular tem historicamente contribuído com os movimentos sociais na luta pela universalização dos direitos com vistas ao exercício da cidadania, assim como tem sido um espaço reflexivo para o fortalecimento dos próprios movimentos. A educação popular deve ser pensada a partir de uma leitura do contexto social e político no qual estamos inseridos e estar atenta às mudanças, às novas possibilidades de organização e enfrentamento. Nesse sentido, deve ser entendida como uma estratégia não só de formação política, mas também de formação humana, na busca de uma ética que visa à superação de preconceitos e a construção de relações mais respeitosas e solidárias.

Em 2013, o EdPopSUS surge como a principal estratégia de implementação da Política Nacional de Educação Popular em Saúde (Pnep-SUS), e assim passa a contribuir e fortalecer os movimentos sociais no que se refere a luta pela universalização dos direitos. A participação dos movimentos sociais no EdPopSUS contribuiu para que os trabalhadores da saúde reconhecessem a importância da forma de lutar pelo direito à saúde desenvolvida pelos movimentos. Considerando esses apontamentos, sugerimos as seguintes questões para reflexão:

a) Como a participação de diversos movimentos sociais no EdPopSUS enriquece a discussão sobre a participação popular e a construção do projeto democrático popular?
b) Como podemos articular e incorporar as demandas dos movimentos sociais com os processos formativos de educação popular?

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