8. PRÁTICAS INTEGRATIVAS E EDUCAÇÃO POPULAR

A educação popular em saúde sempre valorizou os saberes e habilidades práticas da população para cuidar e curar de si e dos outros, e aos poucos foi possível perceber que  esses saberes e práticas das culturas populares - indígenas, negras, mestiças, rurais e urbanas - contêm uma enorme sabedoria de vida e uma dimensão política intensa - somente visíveis a quem souber perceber.

Nos últimos 15 anos os coletivos de educação popular em saúde têm impulsionado essas práticas, que se caracterizam por partirem da visão energética do mundo e dos seres vivos, buscando a integração do Ser e a complementariedade de olhares e técnicas de cuidado e cura, que abrangem o material, biológico, funcional, psíquico e espiritual. A saúde, estado dinâmico, seria produto histórico de equilíbrios e desequilíbrios. Essas práticas - oficialmente chamadas de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) - vêm paulatinamente sendo incorporadas ao SUS como uma oferta complementar de cuidado - quebrando um paradigma mecanicista (o corpo é máquina) e hierárquico (a medicina oficial é superior a outras formas de cuidar e curar), constituindo também uma forma de lutar pelos direitos cidadãos e pela ampliação da clínica, do cuidado e do bem-estar. 

a) De que forma o Edpopsus pode contribuir para ampliar a visão de cuidado incorporando olhares trazidos pelas culturas populares, que vão para além da racionalidade biomédica? 
b) De que forma o Edpopsus pode contribuir para o fortalecimento e valorização das PICS dentro do SUS? 
c) De que forma podemos fortalecer essas práticas dentro dos territórios ?

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